"NA MEMÓRIA DOS ROUXINÓIS"
de
Filipa Martins
Prémio Manuel de Boaventura
2019
Um romance extraordinário, feminino (embora sobre homens), em torno de um matemático que encomendou a sua biografia antes de morrer.
Jorge Rousinol é um matemático galego, que sempre defendeu o esquecimento como o melhor veículo para a tomada de decisões acertadas. No final da vida encomenda uma biografia sua a uma casa editora. Estranha decisão para quem nunca quis recordar. O biógrafo escolhido acaba por ser alguém com quem privara décadas antes e que se vê, ele próprio, enleado em memórias moribundas.
É um romance em três tempos (o do passado do biografado, o do passado do biógrafo - e o do presente, que os une), que vê no arrependimento outra forma de se lidar com as recordações. Biógrafo e biografado conseguirão, em parte, o que pretendem: não se trata de esquecer, mas sim de escrever uma confissão. Uma escrita fantástica, inesperada, inovadora - de uma leveza surpreendente. Diálogos muito bem escritos, sensuais. Incursões pela magia dos números primos. Desenlace inesperado.
BIOGRAFIA
-
Filipa Martins nasceu em Lisboa, em 1983. É jornalista desde 2004, colaborando em publicações como o Diário de Notícias, Notícias Magazine, Evasões e o jornal "i". Recebeu o Prémio Revelação em 2004, na categoria de Ficção, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), com Elogio do Passeio Público, o seu primeiro romance, que veio a ser publicado em 2008. Obteve ainda o Prémio Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias com o conto "Esteira". Em 2009, publicou o seu segundo romance, Quanta Terra. Em 2014, saiu pela Quetzal o seu terceiro romance, Mustang Branco, a que se seguiu, com a mesma chancela, Na Memória dos Rouxinóis. Filipa Martins tem atualmente um programa de rádio (com Rui Couceiro), A Biblioteca de, e é coautora do argumento da série Três Mulheres, em exibição na RTP 1.
QUETZAL EDITORES
A Quetzal foi fundada em 1987, tornando-se conhecida por publicar literatura sul-americana, poesia e ficção portuguesa e europeia.
Em 2000 foi integrada no grupo Bertrand. Em 2008, Francisco José Viegas assumiu a direção editorial da Quetzal, reformulando a imagem e centrando-se no perfil literário do seu catálogo, nos campos da ficção e do ensaio, dos clássicos ou da poesia.
Na sua lista de autores encontramos os nomes de Jorge Luis Borges, VS Naipaul, Roberto Bolaño, Mario Vargas Llosa, Simone de Beauvoir, Susan Sontag, Claudio Magris, J. Rentes de Carvalho, José Luís Peixoto, José Eduardo Agualusa, Julian Barnes, Saul Bellow, Vasco Graça Moura, Paul Theroux, Bruce Chatwin, Vergílio Ferreira, Paul Bowles, David Foster Wallace, Patti Smith, Raul Brandão, entre muitos outros.
No campo dos clássicos, a Quetzal tem vindo a publicar exigentes traduções da Bíblia e de Homero (da autoria de Frederico Lourenço), além de William Shakespeare, Aristóteles, Rilke, Dante, Petrarca ou García Lorca.