Com o mês de maio chega o livro de poesia de Avelino Bento,
ao mundo das letras bordadas com sentimentos.
Conheci o Professor Avelino Bento há quase 40 anos, no início da Escola Superior de Educação de Portalegre, em embrião e ainda com uma Comissão Instaladora.
Como Coordenador Regional Sul da Direcção de Serviços do Ensino Primário, tinha por essa altura gabinete na Escola do Magistério Primário e dependia da minha equipa a formação em exercício dos colegas da região.
Apareceu-me um rapagão, bailarino, amante do teatro, sonhador das artes, que me solicitou auxílio pois queria e assim o teve, o meu apoio para o
I Encontro de Actividades Artísticas do Distrito de Portalegre.
Era o Avelino, aventureiro e inquieto, rompedor de rotinas.
Uma geração, passou-lhe pelas mãos na ESEP desde então.
Eu saí de Portalegre, ele ficou e ainda hoje não sei, se foi ele que adoptou a Cidade se a Cidade o adoptou a ele, sei no entanto que nem ele nem a Cidade seriam iguais se não se tivessem adoptado mutuamente.
Não foi para mim novidade que surgisse agora este livro, pois nunca o imaginaria jubilado e parado ao mesmo tempo, como o prova o seu empenhamento à frente da Biblioteca dos Bombeiros de Portalegre, onde amavelmente me fez regressar à Cidade para a apresentação do meu último livro.
O Dr. Avelino Bento fala da sua poesia:
...Porventura a poética é inexistente, a estética confusa e o talento será frágil...
A humildade está demonstrada.
A sua poesia desmonta o seu prefácio.
...mas a vida, a minha vida, essa está bem lá no centro...
Está!
Estamos de acordo.
A.M
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